Josias, o último rei temente a Deus antes da destruição de Jerusalém por Nabucodonosor, soberano dos caldeus. Mandou fazer a reforma do templo, quando foi encontrado o Livro da Lei, escrito por Moisés. Safã, seu escrivão, leu para ele aquele conteúdo, que o fez chorar e rasgar suas vestes. Ele mandou consultar a profetiza Hulda, a qual transmitiu a dura mensagem de Deus sobre a destruição de Jerusalém.
Josias, então, ajuntou todo o povo, a fim de fazer um novo pacto com Deus. Mandou retirar do templo todos os utensílios dedicados a Baal. Destituiu os sacerdotes que alguns reis de Judá estabeleceram para incensarem sobre os altos, e os que faziam rituais ao sol, à lua, aos planetas e às estrelas. Derribou as casas dos prostitutos cultuais que estavam no templo, onde as mulheres teciam enfeites para o ídolo do bosque.
Ele também profanou a estátua de Tofete, que estava no vale dos filhos de Hinom, para que ninguém fizesse passar seu filho ou sua filha pelo fogo a Moloque. Retirou os cavalos de bronze que alguns reis de Judá tinham destinado ao sol, à entrada do templo em Jerusalém. Fez, portanto, uma “faxina” em todo o território de Judá, a fim de agradar a Deus, e evitar que o templo e a cidade santa fossem destruídos.
Ele foi até Betel, a fim de derrubar o altar feito por Jeroboão, rei de Israel, que fizera todo povo pecar contra Deus, em cumprimento da profecia transmitida pelo homem de Deus, que declarou: “Altar, altar! Assim diz o Senhor: Eis que um filho nascerá à casa de Davi, cujo nome será Josias, o qual sacrificará sobre ti os sacerdotes dos altos que queimam sobre ti incenso, e ossos de homens se queimarão sobre ti” (1 Rs 13.2).
A decisão tomada para a destruição de Jerusalém já estava determinada e não haveria mais revogação. Deus, no entanto, aceitou de bom grado o procedimento de Josias, e antecipou sua morte, para que não presenciasse a tragédia que estava anunciada. Com apenas 39 anos de idade, faleceu, quando resolveu enfrentar o Faraó Neco, que, contra sua própria vontade, a fim de se defender, foi obrigado a matá-lo.
Josias, o único rei que teve três filhos que o sucederam. Joacaz, destituído por Neco e levado preso para o Egito. Eliaquim, que teve seu nome mudado para Jeoaquim, destituído por Nabucodonosor, na primeira leva dos judeus, que o substituiu por seu filho Joaquim, neto de Josias. Este também não agradou ao rei dos caldeus, que o trocou, na segunda leva, por Zedequias, seu tio, filho de Josias, quando se deu a terceira leva e a destruição de Jerusalém.
Pr. Antonio Mardonio
1º vice-diretor e editor-chefe dos ceifeiros em chamas