Pr. José Wellington Bezerra da Costa
“Não dizeis vós que ainda há quatro meses até que venha a ceifa? Eis que eu vos digo: Levantai os vossos olhos e vede as terras, que já estão brancas para a ceifa. E o que ceifa, recebe galardão e ajunta fruto para a vida eterna, para que, assim o que semeia como o que ceifa, ambos se regozijem. Porque nisso é verdadeiro o ditado: Um é o que semeia, e outro, o que ceifa. Eu vos enviei a ceifar onde vós não trabalhastes…” (Jo 4.35-38).
Nesta passagem bíblica, Jesus registra dois tipos de trabalhadores em sua Seara: Os semeadores e os ceifeiros. É claro que em diversos trechos dos evangelhos, Ele fala de seus seguidores como semeadores, como o própria Parábola do Semeador (Mt 13.1-9). Em Mateus 20.1-16, Jesus transmite a Parábola dos Trabalhadores na Vinha, provavelmente com o intuito de seu proprietário contratá-los para ceifar os frutos.
Jesus caminhava, com os apóstolos, da Judeia para a Galileia, desejoso de passar por Samaria, a fim de encontrar-se com uma pecadora, que esperava a vinda do Messias (Jo 4.25). Por isso, João 4.4 declara: “E era-lhe necessário passar por Samaria”, pois queria se apresentar aos moradores de Sicar, cidade samaritana, como o Messias tão esperado por eles, em cumprimento do que Moisés falara em Deuteronômio 18.18,19.
A Bíblia dos samaritanos, naquela época, até os dias de hoje, constituía-se apenas do Pentateuco. Por isso, esperavam o cumprimento da passagem supracitada. Jesus, a convite deles, hospedou-se dois dias em Sicar, quando lhes falou sobre o cumprimento das Escrituras a respeito de sua vinda. Eles ficaram maravilhados e disseram à mulher que lhes anunciou a respeito do encontro que tivera com Jesus, que aquele era verdadeiramente o Cristo.
Os apóstolos, que foram a Sicar, a fim de comprar mantimento para a viagem, ficaram surpresos, quando retornaram e encontraram Jesus em um diálogo com a samaritana, e pediram-lhe que se alimentasse, quando Ele respondeu que sua principal comida era fazer a vontade daquele que lhe enviou e realizar sua obra. Então, aproveitou a oportunidade para lhes falar a respeito dos semeadores e dos ceifeiros.
Os semeadores vieram antes dEle e falaram de sua vinda, desde Moisés e os profetas, entre os quais, Isaías, até João Batista, que o apresentou como o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo, o qual, como um campo branco, encontrava-se pronto para a ceifa, que seria realizada por eles. Entrariam no trabalho que era dos semeadores, para serem ceifeiros, a fim de receberem o galardão idêntico ao de seus antecessores. Seja um ceifeiro de Cristo!
Pr. José Wellington Bezerra da Costa
Presidente do Ministério do Belém e da CNFRADESP